sábado, 6 de agosto de 2011

Tudo tem que ser sempre do mesmo jeito?

Quatro jogadores. Um guerreiro, um clérigo, um mago e um ladrão. Eles embarcam em uma jornada épica salvando reinos e por fim o mundo de um (insira vilão aqui). Tudo muito legal, tudo lindo, mas também clichê. Não que clichês sejam ruins (se funcionam para você ótimo), mas será que tudo precisa ser sempre igual?

Na boa monolos, sei que cada mesa é um jogo diferente, que cada grupo tem suas particularidades. Mas muita gente ainda faz questão de se prender a certos modelos, como se fossem as escrituras sagradas do RPG sacramentadas e eternas. Pior ainda é quando a pessoa alem de não desapegar de sua visão restrita do RPG é um advogado de regra que fica disparando frases como "você não pode fazer isso porque não te o talento x" "você não pode simplesmente fazer a medusa olhar o próprio reflexo, você tem que dar espadadas até tirar todos os PV".

Da minha parte pelo menos se eu vou consumir um produto de entretenimento, um filme, livro, game, RPG ou seja lá o que for eu vou atrás justamente disso: entretenimento e diversão. Eu não vou jogar RPG pra ficar discutindo por meia hora toda vez que alguém discorda de alguma coisa na mecânica do jogo. Se tem um regra atrapalhando a diversão do pessoal eu (como mestre) passo por cima e pronto, problema resolvido.

O esquadrão COBRA de metal gear solid 3. Pessoas com habilidades distintas unidas com um propósito em comum, parece familiar?
Sou a favor da mistureba, sou a favor de pegar influencias de vários lados e fazer algo novo. Gosto de tormenta (menos os minotauros, na minha opinião tudo que é relativo a eles é meio sem nexo e forçado), gosto de vilões que não são magos fodões, gosto de heróis com defeitos e falhas de caráter (Gatts, Vegita, Ikki de fênix, Wolverine...). Nas minhas aventuras já rolou muita coisa doida; centauro ninja, bardo que não sabia tocar nem cantar (nem fazer nada artístico, mas atirava bem pra baralho), orc muito mais inteligente que o mago, paladino dizendo que "o mal sempre vence as trevas", ladino se recusando a roubar os pertences de um inimigo morto e por aí vai. Aposto que tem gente lendo e pensando que isso é um sacrilégio, que não pode, pois vou dizer algo. A gente se divertiu horrores nessas aventuras meio doidas, demos risadas pra valer e nos emocionamos. E muitas vezes simplesmente jogamos o sistema fora e fomos na base da narração mesmo.

Que tal fazer coisas diferentes? Que tal se os PJs forem membros de um grupo mercenário? Que tal se eles forem piratas? Que tal uma campanha em mundo sem magia? Que tal uma campanha somente com conjuradores? Que tal jogar na pré-história? Que tal jogar uma campanha ambientada no mundo dos mortos? Putz hoje em dia nos temos infinitas opções de sistemas, temáticas e cenários. E você ainda pode criar o seu próprio! Que tal largar um pouco sua espada e seu cajado e apanhar uma escopeta/sabre de luz/clava/necronomicon ou qualquer outra coisa e explorar novos horizontes junto de seus amigos?

Um comentário:

  1. Nas minhas campanha sempre deixo livre eles jogarem com o que quizerem, não forço a barra. Não ligo muito para o esquema e tals, mas e ai, se eles não tiverem quem cure, quem desarme uma armadilha e tals, é algo que eles vão ter que pagar pela escolha, mas ai, eu como mestre posso adaptar a aventura para o tipo de grupo e por outros desafios.

    E como um personagem pegar um matador de dragões e nunca na campanha surge um. hehehehe

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...